Mercado Single

Dobra o número de pessoas que moram sozinhas em Sergipe

São quase 70 mil pessoas morando só, segundo dados do IBGE.
Empresas apostam nesse novo nicho de mercado.

Segundo o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), quase 7 milhões de lares brasileiros possuem um único ocupante, um número equivalente a 12,2% do total de domicílios ou a 3,7% da população brasileira. E em Sergipe não é diferente, em 10 anos quase dobrou o número de solteiros que moram sozinhos.

Morar sozinho significa maior independência e liberdade, mas também a responsabilidade de conseguir se cuidar, sem precisar da ajuda de ninguém. E no quesito alimentação, os lanches são os preferidos pelos solteiros, devido à praticidade e agilidade no preparo. No supermercado há uma infinidade de variedades de produtos para aqueles que estão dispostos a gastar.

O professor universitário e publicitário, Matheus Felizola, destaca que o mercado e o varejo começa a se adaptar a essa nova realidade. “Se a gente tem um aumento no número de solteiros, consequentemente essas pessoas também se alimentam de maneira diferenciada. Surge então uma indústria alimentícia vendendo para esse tipo de público, uma indústria de pet shops, já que essas pessoas costumam ter animais de estimação. Estes costumam gastar com mais bebidas alcoólicas e com produtos de beleza”, explica o professor.

E se morar sozinho significa ter mais liberdade, significa também gastar mais. Já que com o passar do tempo a pessoa começa a se acomodar ao tipo de vida. “As pessoas estão dispostas a gastar mais e o fato de estar solteiro, lhe permite ter alguns luxos que alguém casado não tem. É um nicho fundamental para o mercado e varejo atual”, diz Matheus.

Morar sozinho
Entre 2000 e 2010 o número de pessoas que moram sozinhas saltou de 38.533 para 67. 488 pessoas, sendo 37.749 homens e 29.739 mulheres. Um desses exemplos é do jovem de 24 anos, diretor de coordenação do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS), Caio Emmanuel Nascimento. Em 2008, ele veio da cidade de Tobias Barreto, no sul do estado, para estudar na capital e morar com a tia. Ele mora sozinho há um ano.

“Foi muito difícil eu conseguir me adaptar a morar sozinho, já que sou muito comunicativo e tinha uma família muito grande. Do nada me vejo dentro de um apartamento, sem falar com ninguém, mas sobrevivi. Apesar de tudo, esse choque cultural também me fez crescer muito, agora que tenho que preparar minha própria comida e me virar com tudo. Uma escolha que vai me trazer bons resultados no futuro.”


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Matheus Felizola

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